Como prevenir a
ansiedade na infância
Crianças ansiosas, adultos incapazes.
Se fosse eu Augusto Cury, esse seria o título de um livros.
Entretanto, como sabemos, a ansiedade é uma resposta
natural de nosso organismo que se desenvolve naturalmente. É uma resposta que
se antepõe às situações de perigo, do desconhecido e tem por finalidade nos
proteger do perigo.

Já está comprovado que grande parte da população
infantil padece de ansiedade e que essa é determinante na sua forma de agir e
atuar em sociedade tanto na infância quanto na adultez.
Assim é imprescindível que se reconheça os sintomas
da ansiedade infantil para que se determine se essa é de natureza adaptativa ou
doentia.
A ansiedade infantil, quando excessiva, ocorre
quando associada a fatos reais e ou imaginários e que se manifestam através da
dificuldade de dormir, da apatia, medos inomináveis e, não raro, associam – se
a condutas obsessivas (TOC).
É de fundamental importância que se compreenda o que
seja ansiedade infantil e atuar diretamente no ponto crucial para preveni-la.
O que devemos nos questionar é. Por que algumas
crianças sofrem de ansiedade e quais as causas da “ansiedade infantil”.
Por natureza, as crianças são altamente curiosas e
também altamente impressionáveis. Muitas vezes agimos sem nos darmos conta de
que elas estão expostas a informações sobre as quais não conseguem identificar
ou mesmo selecionar o que é real ou o que é fantasia.
Algumas séries televisivas de cunho policial ou de
terror. As informações sobre o aumento da criminalidade e da violência. Alguns
comentários que fizemos de forma inconsequente sobre fatos diários até pode-se
pensar que passam despercebidas pelas crianças.
Entretanto esse tipo de informação pode impressionar
os menores e estabelecer certo sentimento de angústia e temor o qual se tornará
um fator agravante que se tornará a raiz da ansiedade infantil enquanto
transtorno obsessivo.
Outro fator de ansiedade infantil também pode se
manifestar quando a criança se sente pressionada a realizar algo que não esteja
preparada para realizar. Com frequência vimos crianças expostas a um ritmo
diário muito intenso e competitivo (jogos, balé, natação, informática, escola,
aulas de música, autodefesa,...) que pode desenvolver a ansiedade por se
sentirem na obrigação de cumprir com eficácia todas essas tarefas e ainda dar
conta de todas as expectativas a elas impostas pelos adultos que a cercam.
Os principais sintomas que verificamos como fator
determinante de ansiedade infantil e não necessariamente nessa ordem são:
preocupação excessiva a ponto de causar insônia; irritabilidade constante e na
maioria das vezes sem um motivo significativo; apresentam um cansaço demasiado
(fator interligado à insônia ou ao sono irregular, repleto de pesadelos); alta
sensibilidade ao fracasso e finalmente sintomas somáticos (ou psicossomáticos)
como dor de cabeça; problemas
estomacais, dificuldade em concentrar-se
e baixo rendimento escolar.
Para prevenir a ansiedade infantil devemos estar
atento à informação que chega a criança estando sempre disposto em questioná-lo
e explicar-lhes sobre os assuntos que demonstram interesse ou preocupação.
Esclarecer que nem sempre o que o cinema e a televisão mostram é realidade.
E principalmente estejam atentos às suas reações
frente alguns fatos ou circunstância, pois as crianças aprendem muito mais por
imitação do que por conclusão. É natural que quando algum ente tenha medo
excessivo de borboletas, por mais lindas que possam parecer isso poderá ser uma
referência à criança no que concerne à ansiedade, uma vez que essa visão será
passada de forma negativa a criança e ela poderá processar a informação como
algo impresumível.
Quando sentimos que a criança objeta muita ansiedade
a um determinado assunto ou fato cotidiano, pode-se praticar alguma técnica de
relaxamento como a técnica: “Atenção à respiração” postada nesse blog.
Obs.: O diagnóstico de ansiedade infantil deverá ser
feito por um profissional da área. Essas são apenas dicas de como podemos
identificá-la e não diagnosticá-la.
Flávia Inês Moroni Bartelli
Psicopedagoga.
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