AS ARMADILHAS DA SUPERPROTEÇÃO DOS
PAIS EM RELAÇÃO AOS FILHOS
A educação de crianças não é uma tarefa fácil. Encontrar o equilíbrio
entre a disciplina e o afeto é um grande desafio para muitas das famílias.
Querer o melhor para as crianças nem sempre é fazer o melhor. Na maioria
das vezes, sem perceber, caímos na armadilha da superproteção.
Uma das tarefas mais complicadas da educação pode ser deixar que as
crianças cometam erros e que assim aprendam.
A superproteção caminha de mãos dadas com a capacidade de não deixarmos
que as crianças aprendam com os próprios erros.
A superproteção na infância

A superproteção é um mecanismo de medo e insegurança por parte dos
genitores que impede que a criança realize as atividades por si mesmas ou tome
suas próprias decisões de maneira que crescerão inseguros, dependentes e com
pouca confiança em si mesmas.
Em muitas ocasiões para o adulto pode ser mais cômodo ajudar a criança
em suas atividades ou mesmo fazê-las por eles, entretanto, ao fazê-las, está-se
privando-as de experiências reais de aprendizagem e desenvolvimento
imprescindíveis.
Os Perigos da Superproteção aos Filhos
Podemos usar a justificativa de que é melhor evitar-se o sofrimento ou o
esforço da criança em realizar uma atividade até por acreditarmos que não
faltarão oportunidades para tal feito. Porém estas atitudes e pensamentos nos
levam diretamente à superproteção que implicará diretamente no desenvolvimento
da aprendizagem.
Quais implicações a superproteção traz ao
desenvolvimento?
·
A superproteção impede que a criança faça as coisas
por si mesma.
·
A criança não tem a oportunidade de demonstrar que
é capaz afetando sua autoconfiança.
·
A criança é impedida de conviver com o fracasso e não
desenvolverá a tolerância e a frustração.
·
Tornar-se-ão adultos com dificuldade de tomar
decisões.
·
Acreditarão que é seu direito receber atenção
especial e não serão capazes de assumir responsabilidades culpando aos outros
por seus fracassos.
Como
evitar a superproteção?

Para isso, devemos:
·
Estimular que realizem as próprias tarefas.
·
Permitir que façam as atividades (respeitando a
faixa etária) sozinhos, pois seus medos podem gerar insegurança na criança.
·
Dar-lhes certa autonomia na tomada de decisões
respeitando a idade da criança. Há inúmeras atividades que podem decidir por si
só como escolher a roupa, escolher a sobremesa, a atividade doméstica.
·
Não ter medo de errar e de que a criança erre. O
erro é necessário para a aprendizagem e a criança aprende a lidar com a
frustração e comprovar que podem encontrar soluções para seus erros e
frustrações.
Flávia Inês Moroni Bartelli
Professora/Psicopedagoga
Estudar é o melhor caminho!
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