quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

AS ARMADILHAS DA SUPERPROTEÇÃO DOS PAIS EM RELAÇÃO AOS FILHOS

AS ARMADILHAS DA SUPERPROTEÇÃO DOS PAIS EM RELAÇÃO AOS FILHOS
A educação de crianças não é uma tarefa fácil. Encontrar o equilíbrio entre a disciplina e o afeto é um grande desafio para muitas das famílias.
Querer o melhor para as crianças nem sempre é fazer o melhor. Na maioria das vezes, sem perceber, caímos na armadilha da superproteção.
Uma das tarefas mais complicadas da educação pode ser deixar que as crianças cometam erros e que assim aprendam.
A superproteção caminha de mãos dadas com a capacidade de não deixarmos que as crianças aprendam com os próprios erros.
A superproteção na infância
De maneira natural os pais tendem a proteger seus filhos. No entanto, aos poucos, ultrapassamos os limites da proteção e adentramos nos mecanismos da superproteção que limitam e obstaculizam seu desenvolvimento.
A superproteção é um mecanismo de medo e insegurança por parte dos genitores que impede que a criança realize as atividades por si mesmas ou tome suas próprias decisões de maneira que crescerão inseguros, dependentes e com pouca confiança em si mesmas.
Em muitas ocasiões para o adulto pode ser mais cômodo ajudar a criança em suas atividades ou mesmo fazê-las por eles, entretanto, ao fazê-las, está-se privando-as de experiências reais de aprendizagem e desenvolvimento imprescindíveis.
Os Perigos da Superproteção aos Filhos
Podemos usar a justificativa de que é melhor evitar-se o sofrimento ou o esforço da criança em realizar uma atividade até por acreditarmos que não faltarão oportunidades para tal feito. Porém estas atitudes e pensamentos nos levam diretamente à superproteção que implicará diretamente no desenvolvimento da aprendizagem.
Quais implicações a superproteção traz ao desenvolvimento?
·         A superproteção impede que a criança faça as coisas por si mesma.
·         A criança não tem a oportunidade de demonstrar que é capaz afetando sua autoconfiança.
·         A criança é impedida de conviver com o fracasso e não desenvolverá a tolerância e a frustração.
·         Tornar-se-ão adultos com dificuldade de tomar decisões.
·         Acreditarão que é seu direito receber atenção especial e não serão capazes de assumir responsabilidades culpando aos outros por seus fracassos.
Como evitar a superproteção?
A proteção é um instinto natural que nos garante a sobrevivência, entretanto na sociedade atual percebemos que a superproteção ultrapassou os seus limites. Percebemos que, atualmente, são muitas as crianças que que fazem poucas coisas por si mesmas. Então é importante evitar a superproteção e alcançar o equilíbrio necessário entre disciplina e afeto.
Para isso, devemos:
·         Estimular que realizem as próprias tarefas.
·         Permitir que façam as atividades (respeitando a faixa etária) sozinhos, pois seus medos podem gerar insegurança na criança.
·         Dar-lhes certa autonomia na tomada de decisões respeitando a idade da criança. Há inúmeras atividades que podem decidir por si só como escolher a roupa, escolher a sobremesa, a atividade doméstica.
·         Não ter medo de errar e de que a criança erre. O erro é necessário para a aprendizagem e a criança aprende a lidar com a frustração e comprovar que podem encontrar soluções para seus erros e frustrações.
Flávia Inês Moroni Bartelli
Professora/Psicopedagoga
Estudar é o melhor caminho!




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