terça-feira, 22 de março de 2016

Jogo educativo - resolvendo conflitos.

Jogo educativo

-  Resolvendo conflitos – A briga entre os corações e as estrelas.
Uma das atividades em que a psicopedagogia pode auxiliar ao professor é passar a ele alguns jogos educativos que melhore a dinâmica das aulas. Em diversas ocasiões, na atualidade, o professor se vê na condição de mediador de conflitos. Como nem todas as escolas dispõe de um especialista para auxiliar nessas horas é o professor que tem que agir. Nessas horas o lúdico é um excelente instrumento para mediar esses conflitos.

Através dessa dinâmica/jogo, trabalha-se os conflitos. Pode-se criar um conflito ou utilizar um pré-existente para que se faça uma reflexão sobre o mesmo. Muitas vezes nos centramos em nosso ponto de vista e refletimos de forma tendenciosa e quando os outros expressam uma opinião diferente pensamos que o estão fazendo para perturbar, incomodar de forma proposital. Por isso é necessário ir mais além, colocar-se no lugar do outro já que nem sempre essa atitude tem como objetivo confrontar ao outro.
Objetivo = Jogo educativo para melhora solucionar conflitos.
Expectativa: Que o aluno seja capaz de se pôr no lugar do outro quando se vê em situação de conflito usando o diálogo, a escuta (oitiva) para compreender ao outro e, com isso, solucionar o conflito existente.
Idade apropriada: A partir de 4 anos.
Material Necessário:
- corações e estrelas verdes e vermelhos
- duas caixas de cada cor (verde e vermelho) uma de cada cor para cada equipe.
Dinâmica: Distribui-se de forma aleatória um cartão verde ou vermelho. Assim, cada criança será ou verde ou vermelha.
Depois dividimos as crianças em duas equipes uma representando a cor verde, outra a cor vermelha
Depois de espalhar os corações e as estrelas pela sala, explica-se que
- a equipe vermelha tem como objetivo recolher todas as estrelas que encontrarem na sala, de qualquer cor e guardá-las em suas caixas respectivas, respeitando a cor correspondente. Além de guardar as estrelas, terão que pegar os corações que estão nas caixas e espalhá-los pela sala, mas cuidado com os verdes, pois são os inimigos e não se pode confiar neles.
- a equipe verde tem como objetivo recolher todos os corações que estão espalhados na sala, independentemente da cor e guardá-los na caixa respeitando a cor correspondente, também deverão retirar todas as estrelas de cor verde da caixa e espalhá-las pela sala, mas cuidado com as de cor vermelhas, pois são inimigas e portanto não merecem confiança.
Como cada equipe tem ordens contrárias o normal é entrarem em conflito e descobrirem que a cor contrária a da sua equipe representa o mal. Quando a polêmica ultrapassar o limite do aceitável o professor/ orientador para a dinâmica, faz com que todos sentem em círculos   e conversem sobre o que cada equipe sentiu e se explique refletindo sobre seus atos, seus pensamentos.
O orientador fará as anotações relevantes através das perguntas:
- por que estava zangado?
- O que tivemos que fazer?
- Finalmente o orientador poderá concluir questionando se os participantes não tivessem parado o jogo e escutado uns aos outros ainda estariam zangados uns com os outros. 
Levar o grupo a refletir que muitas vezes pensamos que o outro nos quer mal, é nosso inimigo e que, o objetivo do jogo era simplesmente que cada equipe cumprisse sua missão e não conflitar com o outro grupo; apenas “cuidar” e não brigar.
- Depois dessa reflexão devemos seguir com o debate e buscar soluções através da pergunta “o que podemos fazer quando...?”

Flávia I.M. Bartelli
Psicopedagoga


A lição de casa em crianças com TDAH

A criança com TDAH e a lição de casa

A lição de casa é muitas vezes uma tarefa muito complicada para pais e familiares de crianças diagnosticadas com TDAH.
Se é complicada para pais e familiares, ela é fundamental para essa criança, pois ela é incorporada no processo de aprendizagem para auxiliar o que se deseja reforçar nos estudos e melhorar o rendimento escolar.
Muitos educadores e especialistas defendem que estudar um pouco por dia auxilia na fixação dos conteúdos trabalhados na escola e consequentemente auxilia na aprendizagem.
Acontece que em crianças com TDAH esse momento é muito conflitante uma vez que em sua grande maioria não gostam de fazer a lição de casa. Mas porque isso acontece?
Isso acontece porque as crianças com TDAH não gostam de parar o que estão fazendo para iniciar uma outra atividade, principalmente se estão brincando, assistindo televisão, jogando ou interagindo com colegas pelo celular ou computador e até mesmo ter que acordar cedo para realizar essa tarefa.
Assim, se comprovadamente essas atividades complementares são importantes e fundamentais a fixação da aprendizagem para quem tem TDAH temos a obrigação de fazer com que elas sejam prazerosas e não uma punição.
Quando a criança diagnosticada com TDAH diz não gostar de fazer a lição de casa é importante ser persistente e contradizer que ela é necessária. É importante acompanhar diariamente; persistir e vigiar no sentido de observar a organização do caderno e se todas as atividades foram completadas.
Caso alguma não estiver, deverá ser feita, mesmo que isso represente um momento de alto estresse familiar. É o eterno discurso de   o que tem que ser feito, deverá ser feito.
Para que o nível de estresse não tome um caminho sem volta, é preciso estabelecer uma rotina muito clara e simples desde cedo com as crianças e isso se aplica a quem tem ou não o TDAH.
O que de melhor se tem observado como tratamento eficaz na rotina organizacional da criança é:
- desde cedo orientar a criança a organizar suas roupas, seus brinquedos, seus calçados, sua cama, etc.
- que, desde cedo, lhe seja atribuída a responsabilidade de um afazer de casa, respeitado um horário específico (secar a louça, tomar banho, organizar a caixa de brinquedos, aprontar a mesa, etc.).
- quando já na escola, organizar o material escolar diariamente de forma a ter os pais como auxiliadores, como orientadores e não como agentes da atividade.
- em hipótese os pais deverão fazer a atividade de casa pelos filhos, mas deverão acompanhar para identificar o grau de dificuldade que a criança apresenta para melhor trabalhar com a escola.
- levar à escola os dados observados em casa para que a escola acolha as informações a fim de melhor planejar essas atividades mantendo o caráter de parceria família/escola.
- estimular o fazer das tarefas estimulando-os com elogios positivistas quando a criança está conseguindo realiza-las e sobretudo quando atendem a rotina estabelecida.
Com isso, as crianças melhoram sua estima e vão transferindo essa organização para outras atividades diárias.
- o horário de realização das tarefas escolares de casa tem que ser pensados conjuntamente com a criança. Deve-se observar o melhor horário para que a criança a façam; reflita-se que, se optarmos a que ela realize no horário em que goste de assistir a um programa, por exemplo, isso a deixará ansiosa e consequentemente ficará ansiosa para poder assistir ao programa e não realizará a tarefa totalmente concentrada. Assim é preciso observar qual o melhor momento para fazer a lição de casa. 
- ainda em relação ao horário, logo após as refeições, também não é adequado, pois a criança com TDAH fica mais lenta, mais preguiçosa, em função do processo digestivo.
- A utilização dos recursos dispostos na internet são uma ferramenta bastante significativa de forma positiva e a maioria das crianças com TDAH respondem positivamente a esse recurso.
- E por fim, muitos pais se veem diante da necessidade de buscar um profissional que auxilie a criança na realização das tarefas devido à dificuldade natural e os sintomas que o transtorno apresenta.


Flavia I.M. Bartelli
psicopedagoga

segunda-feira, 21 de março de 2016

Atividade de Português - A Pipa e a flor (4º e 5º anos)



A PIPA E A FLOR

                Era uma vez uma pipa de cara risonha que ficou enfeitiçada por uma florzinha maravilhosa. Não conseguindo mais viver sem ela, deu sua linha para a flor segurar. A flor, então soltou a linha para a pipa voar bem alto.      
                Mas a flor, aqui de baixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse ficando triste. Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto, e ela tinha de ficar plantada no chão. E teve inveja da pipa. Tinha raiva ao ver a felicidade da pipa, longe dela…Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si. E a flor, sozinha, deixada de fora.
____Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima longe de mim. Ficaria o tempo todo comigo…E a inveja juntou-se ao ciúme.Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm, e nós não.Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.E a flor começou a ficar malvada.Ficava emburrada quando a pipa chegava.Exigia explicação de tudo.
                E a pipa começou a ter medo de ficar feliz, pois sabia que isto faria a flor sofrer. E a flor foi aos poucos, encurtando a linha. A pipa não mais podia voar. Via, ali do baixinho, de sobre o quintal (esta era toda a distância que a flor lhe permitia voar) as outras pipas, lá de cima...E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início.
                  Rubens Alves, A pipa e a flor. São Paulo, Loyola, s/d 3ª edição.

COMPREENSÃO DO TEXTO

1-Responda com base no texto:
a) O que a pipa sentiu quando subiu bem alto?
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b) Para a pipa, o que era bom saber quando estava lá no alto?
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c) Quem, lá embaixo, esperava a pipa?
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2) Complete as frases com as palavras do quadro, de acordo com o texto:

ciúme - triste -  inveja -  raiva

a) A flor percebeu que estava ficando...........................................................................................................................................
b) Ela estava também com..................................................................................................................................................................
c) E teve.............................................................da pipa.
d) E a inveja juntou-se ao....................................................................................................................................................................
3) Complete as duas frases de acordo com o texto que mostram as razões de a flor ficar com tanta raiva da pipa:
a) Tinha raiva...........................................................................................................................................................................................
b) Tinha raiva..........................................................................................................................................................................................

4) Copie do texto o que a flor pensava quando a pipa estava longe dela.
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5) O que o narrador escreveu sobre:
a) A inveja.....................................................................................................................................................................................................
b) O ciúme....................................................................................................................................................................................................
6) Complete as frases assinalando a(s) alternativa(s) que caracteriza(m) a flor:
a) a flor começou a ficar.......     (     )arrependida                   (      ) bondosa                       (     ) malvada

7) Por que a pipa não podia mais voar?
...............................................................................................................................................................................................
8) Qual foi o sentimento da pipa em relação à flor, quando via as outras pipas voando lá em cima?
................................................................................................................................................................................................
9) O que você faria se estivesse no lugar da flor?
...............................................................................................................................................................................................
10) Quem é o autor dessa história?
...............................................................................................................................................................................................
11) Classifique os substantivos em concreto ou abstrato:
a) pipa: ............................................................................                 c) ciúme: .............................................................
b) raiva: ..........................................................................                 d) inveja: .............................................................
12) Diga se a palavra que segue é substantivo primitivo ou derivado
a)  flor: ............................................................................                 b) floricultura ..................................................................
c) jardineiro: ................................................................                 d) jardim: ..........................................................................
13) Retire da frase Um menino pequenino brincava com uma pipa amarela um substantivo
a) masculino: .......................................................................................................................................................................
b) feminino:  ...........................................................................................................................................................................

14) Circule um substantivo primitivo na frase : A pipa brincava com a flor no jardim florido.

15) Separe as silabas das palavras e classifique-as de acordo com o número de sílabas:
Palavra
separação
Classificação
a)      Enfeitiçada: (ex.)
En-fei-ti-ça-da
polissílaba
b)     Emburrada:


c)      Pipa:


d)     Flor:


e)      Risonha:



16)  Coloque as palavras que seguem em ordem alfabética:
a)  flor   -   ciúme   -   inveja  -  brincadeira   -   pipa   -   jardim.
...................................................................................................................................................................................................
Retire do texto o que se pede:
a)      Um substantivo abstrato: ........................................................................................................................
b)     Um substantivo trissílabo: ..........................................................................................................................
c)      Um substantivo feminino: .........................................................................................................................
d)     Um substantivo no diminutivo: ..............................................................................................................
e)      Uma palavra com dígrafo: .........................................................................................................................
f)       Uma palavra com X cujo som seja de S: ...............................................................................................
g)      O antônimo de coragem: ...........................................................................................................................
h)     O antônimo de feliz: ....................................................................................................................................


Revise seu trabalho!

Gripe A (A1N1) texto, interpretação, produção textual (4º/5º anos)

ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

1 - Leitura Interpretativa:

GRIPE A: ENTENDA COMO A EPIDEMIA COMEÇOU.

A gripe A ameaça se alastrar pelo mundo, num devastador efeito dominó, e deixa em alerta autoridades sanitárias de vários países, além da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas (ONU), que vislumbram o risco de uma nova pandemia internacional. O mal teve início no México, onde em 27 de abril havia suspeita de pelo menos 149 mortes, e em poucos dias atingia os Estados Unidos, o Canadá, a Espanha e a Grã-Bretanha. Entenda o que é a gripe e como surgiu.

1. O que é a gripe A?
É uma doença respiratória aguda causada pelo vírus influenza A (H1N1). O vírus foi detectado pela primeira vez no México e nos Estados Unidos, em abril de 2009, e pode ser transmitido de pessoa para pessoa, provavelmente com a mesma capacidade de transmissão que a gripe comum tem.

2. Quais os sintomas?
Os sintomas da gripe A são similares aos da gripe comum, porém, mais agudos. Segundo o Ministério da Saúde, é comum o paciente apresentar uma febre repentina acima de 38 graus, acompanhada de problemas como tosse, dor de cabeça, dor nos músculos e nas articulações e dificuldade na respiração. Os sintomas podem ter início no período de três a sete dias após contato com o Influenza A (H1N1).

3. Qual é o agente causador da doença?
O vírus da nova gripe é o Influenza A (H1N1). Anteriormente a gripe era chamada de "suína" porque um teste de laboratório mostrou que muitos dos genes do novo vírus eram semelhantes ao vírus influenza que normalmente é encontrado nos porcos da América do Norte.

4. Quais são as formas de contágio?
A nova gripe não é contraída pela ingestão de carne de porco, mas por via aérea, de pessoa para pessoa, principalmente por meio de tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

a – A nova gripe deixa em alerta duas Organizações importantíssimas. Observe as siglas e escreva o que cada uma significa.

OMS __________________________________________________________________________
ONU __________________________________________________________________________


b - Onde essa gripe teve início? Em qual data?
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c – A gripe em poucos dias se espalhou por vários países. Quais são eles?
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d – A gripe A é uma doença respiratória causada por um vírus. Qual é o nome desse vírus?
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e – Segundo o Ministério da Saúde quais sintomas são comuns em um paciente que esteja com a Gripe A?
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f – A gripe já infectou centenas de pessoas em todo o mundo. Como a gripe A pode ser contraída?
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2 – Assim como algumas doenças, as palavras nem sempre são conhecidas por todas as pessoas. Observe nos trechos as palavras destacadas e relacione–as de acordo com os seus significados.

( 1 ) “... Num devastador efeito dominó...”            (    ) Agente transmissor desconhecido de    algumas doenças.

( 2 ) “... O risco de uma nova pandemia...”                 (     ) Imprevisto, súbito.

( 3 ) “... O vírus foi detectado pela primeira vez...”      (     ) Epidemia muito generalizada.

( 4 ) “ A gripe A ameaça se alastrar pelo mundo...”     (     ) Qualquer resfriado.

( 5 ) “... apresentar uma febre repentina...”              (    ) Diz–se daquele que devasta.

( 6 ) “ A nova gripe não é contraída...”                      (    ) Espalhar, encher, propagar.
        

3 – Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão de doenças. Observe a figura (charge) e baseando-se nas perguntas que seguem, desenvolva um texto narrativo (com início, meio e fi ). Lembre-se de criar um título para sua história.
 CHARGE







a -  Onde acontece a história?
b - Quais são os personagens?
c – Por que o porco está sendo expulso da companhia dos outros animais?
d – A atitude do homem ao expulsar o porquinho é correta? Por quê?
e – O que alguns animais estão utilizando no rosto?
f -  Utilizar esse acessório atualmente é correto? Por quê?
g – O que você está fazendo para se prevenir da gripe A (Influenza H1N1)?

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O Transtorno Desafiador Opositor (ou negativista) sob a ótica da psicopedagogia

O Transtorno Desafiador Opositor (ou negativista) sob a ótica da psicopedagogia
               

É normal que crianças e adolescentes se oponham a normas, regras, limites e os desafiem; faz parte da construção da personalidade o testar, o confrontar a autoridade; porém, em alguns casos a oposição, assim como as atitudes desafiadoras são extremas, muito frequentes e também muito intensas, carregadas de emoções negativas.
No Transtorno Desafiador Opositor (TDO), o padrão comportamental pode trazer graves consequências no desenvolvimento de crianças e adolescentes, por isso é desafiador conhecer esse transtorno, que muitas vezes é confundido com o TDAH (déficit de atenção e hiperatividade), mas que em muitos casos ele o acompanha.
Mas, o que é o transtorno desafiador opositor?
A organização mundial de saúde e a literatura específica dissertam sobre esse transtorno como sendo um transtorno de comportamento recorrente, que se caracteriza pelo contínuo desafio às ordens e à figura representativa da autoridade.  A pessoa que sofre desse transtorno sente um prazer incomum de constantemente comprovar os limites de autoridade, normalmente são hostis com os adultos e com seus pares. Envolvem-se facilmente em discussões que terminam com birras, gritos e choro.
Cabe lembrar que esse comportamento costuma durar por um período superior a seis meses e se difere do comportamento natural das crianças da mesma idade.
O manual dos diagnósticos de transtornos conjuntamente com o DSM IV reconhece como critérios para o diagnóstico do TODO os seguintes padrões comportamentais:
o   Um padrão comportamental hostil e desafiador com duração não inferior a seis meses;
o   Discute com adultos;
o   Envolve-se em discussões deliberadamente com outras pessoas;
o   Desafia de forma ativa aos adultos e se recusa a cumprir suas ordens;
o   Facilmente sente raiva e incorre em paletas;
o   Normalmente acusa a outros de seus erros ou comportamentos indevidos e impróprios;
o   É “brabo e ressentido”, dificilmente perdoa;
o   Envolve-se facilmente em brigas com os colegas ou amigos;
o   É vingativo e rancoroso (dificilmente perdoa)
Esse transtorno, que se caracteriza como de conduta, provoca sérios problemas relacionados à sua atividade social, acadêmica e também no trabalho. Também é um transtorno que interfere significativamente nas relações interpessoais, na dinâmica familiar e no desenvolvimento acadêmico. Essa recorrência é acompanhada com problemas de baixa estima e habilidade emocional uma vez que tem baixa tolerância às frustrações.
A não identificação desse transtorno, normalmente leva a pessoa acometida por esse a abuso de álcool, uso do tabaco e até substancias ilegais.
É muito comum que esse transtorno apareça Interligado a outros domo o TDAH, transtorno de aprendizagem, TA e de comunicação TCA.
As estratégias para se controlar o TDO resumem-se em:
·         Estabelecer normas de forma consensual com a criança ou adolescente uma vez que é importante que eles estejam de acordo com as normas e ajudem a estabelece-las.
·         É aconselhável que essas normas estejam à vista da criança ou adolescente, por isso a técnica de anotá-las em um quadro ou cartolina é muito prática.
·         Favorecer um clima de confiança tanto no lar como na escola e para isso é importante que ao se falar com a criança ou adolescente olhá-la diretamente nos olhos de forma tranquila utilizando-se da escuta ativa e da ordem firme.
·         Outra estratégia é reforçar atividades que melhorem a estima da criança ou adolescente mantendo as ordens e os limites de forma firme, mas carinhosa, evitando o julgamento, à comparação com outrem e a rotular a criança como teimosa.
·         Auxiliar que a criança ou adolescente a analisar e refletir sobre suas emoções e condutas desafiadoras e, pouco a pouco auxiliá-los a desenvolver e praticar novas condutas.
·         Fazer planilhas para que se possa anotar o que é feito e o que se espera que faça
·         Ter o acompanhamento de um especialista, quer de cunho médico ou psicopedagogo para atuar no processo de reorganizar suas atividades e condutas.
O papel do psicopedagogo, no auxílio da organização das condutas, favorece pois é um trabalho pedagógico, de aprendizagem, onde a pessoa que sofre de TDO aprende a controlar seu impulsos.
Flavia Inês Moroni Bartelli

Psicopedagoga.

O entusiasmo e a aprendizagem

O entusiasmo e a aprendizagem
Como sempre venho pontuando em minhas falas, a aprendizagem é um processo único, pessoal e atemporal. É um processo de desenvolvimento e de crescimento que implica operações mentais complexas e completas.
A neurociência vem contribuindo para a compreensão desse processo e comprovando que em emoções positivas como o entusiasmo, a alegria favorecem o processo da aprendizagem.  Assim é justo afirmar que para que haja aprendizagem o aprendente tem que querer aprender e se o ambiente é de entusiasmo os estímulos serão favoráveis.
Os últimos estudos na área da neurociência tem comprovado como as emoções interferem na aprendizagem e como as emoções positivas funcionam como um estimulante para o cérebro, facilitando as conexões neurais (sinapses) e potencializa as operações mentais e por conseguinte potencializa a aprendizagem.
Ao se ter consciência disso a aprendizagem passa a ser vista como algo simples, entretanto manter um ambiente de entusiasmo no dia a dia é muito trabalhoso e complicado pois corremos o risco de transformar esse ambiente num local de folguedo e não de aprendizagem.
Nos sistemas educativos atuais, principalmente nos que não seguem uma linha de construção do pensamento ou nos mais tradicionais onde a informação é dada de uma mesma forma para todos e o processo se renega em uma rotina e que essa mesma rotina não respeita as individualidades de cada aprendente a aprendizagem passa a ser algo obsoleto, sem sentido uma vez que não se permite que o aprendente investigue, pesquise explore os assuntos trabalhados em aula atribuindo-lhes significado e se apropriando do conhecimento obtido.
As metodologias tradicionais transformam o ato de aprender em um processo mecanizado e com isso inibem a naturalidade do processo transformando-o em uma tarefa enfadonha, repetitiva, sem entusiasmo e consequentemente para muitos um “aprender” desprovido de aprendizagem.
Quando isso acontece, nos deparamos com o fracasso escolar que em um  âmbito mais global não está apenas relacionado na reprovação ou evasão escolar, mas na quantidade de jovens que optam por um curso superior sem realmente ter certeza de sua escolha e ao concluírem percebem não ser o que realmente queriam para suas vidas.. Esse é o pior dos fracassos, pois não apenas passaram pela escola, mas como a escola não fez nada por eles. Eram estudiosos eficientes e nada pensantes. Nada foi entusiasta. Tornam-se profissionais frustrados ou ainda pior, ficam trocando de um trabalho a outro e nada os faz feliz.
Assim por um ou por outro aspecto nos deparamos com um cenário de fracasso escolar ao qual não conseguimos, muitas vezes, entender as causas; não optamos  por compreender como se estabelece o processo da aprendizagem em cada um.
Desta forma é certo conceber que o entusiasmo favorece a aprendizagem e que a falta dele é uma barreira para a aprendizagem e por isso é obrigação de todos os agentes educacionais impedir com as barreiras que impedem ou dificultem a aprendizagem. É  dever de todos devolver o sonho de que o ambiente escolar é um lugar feliz, prazeroso, e concretizador de aspirações.
Como se alcança o entusiasmo na aprendizagem ?
- primeiramente devemos permitir que os aprendizes sejam bom aprendentes. Para isso é preciso que sejam responsáveis por sua própria aprendizagem, que tenham a oportunidade de eleger o que querem aprender e como uma vez que nem todos aprendem da mesma maneira; que lhes seja permitido  seguir seu próprio ritmo. Uma alternativa efetiva para alcançar isso é a aprendizagem por projetos ou a divisão de aula  por tópicos ou ciclos de aprendizagens.
- em inúmeras ocasiões nos deparamos com a falta de entusiasmo dos estudantes perante o que lhes proporcionamos como objeto de aprendizagem. Como já declaramos que o entusiasmo é fundamental à aprendizagem e que ele é contagiante; assim  é fundamental que o educador se entusiasme a cada dia com seu trabalho e que seja capaz de transmitir esse entusiasmo aos seus aprendentes.
- a cooperação ativa é outro item fundamental para manter o entusiasmo na aprendizagem. Em  contrário a limitar-se a expor as informações, deve-se permitir que o aprendente busque o que é importante e que elaborem os caminhos da aprendizagem seguido uma orientação básica, um guia que seja como elos que se interligam  a aprendizagem; o que aprender e como.
- a busca de soluções é outro caminho para se manter o entusiasmo. A curiosidade é natural no aprendente e quando não se sentem capazes de encontrar soluções, se sentem aprisionados quando encontram qualquer obstáculos do dia a dia.
- em complemento ao item anterior, deve-se estar preparado para desenvolver a tolerância às frustrações. Como a aprendizagem é um processo, nem sempre ela acontece como desejamos. É normal que não aconteça da forma como desejamos ou planejamos na primeira tentativa (vez). Se tanto o educador quanto o educando for capaz de lidar com essas pequenas frustrações, serão capazes de manter o entusiasmo.
- Finalmente, buscar a aplicação real para aquilo que se aprende, mostrar o porquê da necessidade de se aprender determinado conteúdo.

Flávia Inês Moroni Bartelli

Psicopedagoga.

sexta-feira, 18 de março de 2016

JOGO EDUCATIVO - O jardim da alegria

JOGO EDUCATIVO – O Jardim da alegria


A finalidade desse jogo é potencializar e desenvolver o pensamento positivo promovendo o desenvolvimento emocional de crianças (a partir de 10 anos) e adolescentes onde se trabalha com o sentimento da “alegria”.

Objetivos:
·         Instruir às crianças a identificar as emoções positivas;
·         Favorecer a reflexão sobre as pequenas coisas que nos fazem feliz;
·         Estimular o uso do pensamento positivo e de atitudes positivas colaborativas.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
·        FICHA – Minhas alegrias (em anexo no blog);
·        Cartolina ou folha peso 60;
     Papeis coloridos (revistas, dobradura, etc.) lápis de cor, cola, canetas hidro  cor.
·       Saco de papel (para guardar as flores e o material) ou um pote plástico;
·       Lápis preto e borracha.
·       Etiquetas brancas coláveis (tipo etiquetas de colocar preço).

O JOGO
É uma dinâmica educativa que consiste em refletir sobre as próprias emoções, principalmente sobre a alegria. Refletir sobre as pequenas coisas que nos fazem sentir alegria para poder valorizá-las e compreender que a felicidade está nas pequenas coisas do dia a dia. Refletir que a alegria é uma atitude positivista que se converte em emoções (de maior ou menor intensidade), mas que podem mudar nossa vida uma vez que pode influenciar na forma de pensar, de atuar e de ver a vida.
INSTRUÇÕES:
·         Preparação: Preparamos, a folha de cartolina ou peso 60 e demais materiais.
Passo 1:
Com o material numa mesa, iniciamos com a criança ou adolescente explicando que “todos queremos a felicidade para nós mesmos e para as pessoas que nos rodeiam”.
A partir disso, lança-se a pergunta: O que é ser feliz? O que é essa tal de felicidade que todos buscam? E refletimos junto com a criança ou adolescente que podemos pensar que estamos alegres quando se tem o “jogo” que tanto queremos, que temos o smartfones mais moderno, um computador de última geração, quando compramos um sapato novo, que seremos felizes se formos bem numa prova com notas acima da média, quando somos aprovados na escola com boas notas e estivermos em férias. Ainda podemos refletir sobre o futuro pontuando que seremos felizes quando saímos da casa dos pais tendo autonomia para ter tudo que sonhamos querer ter....
Mas e no presente momento, no agora, estamos (somos) felizes? Se pensarmos mais profundamente nos fatos que realmente nos fazem felizes; não adianta ter um celular de ponta, se não tenho com quem conversar, não importa ter uma roupa nova se não tem  aonde ir, ou ter um sapato lindo se não posso andar ou ainda, tirar boas notas se realmente não aprendi o conteúdo.
Devemos levar a criança e ou adolescente a refletir que o que realmente faz as pessoas felizes são as pequenas alegrias, as pequenas coisas do dia a dia e que somadas uma a uma serão as grandes alegrias da vida como um todo.
Passo 2:
Depois dessa reflexão entregamos a ficha “minhas alegrias” e deixamos um tempo para que reflitam e completem os espaços (aproximadamente 10 min). Lembrando sempre da importância de valorizar as pequenas coisas como o sorriso de alguém, um momento com a família, um passeio, visitar os avós, jogar com os amigos, andar de bicicleta, etc.
Passo 3:
Colocar que a felicidade é como um jardim e que este pode ser muito difícil de manter, de construir, mas que com calma e cuidado podemos cultivá-lo. Assim propomos a confecção de pequenas flores e que cada uma representará uma alegria.
Depois de confeccionar as flores (a criança/adolescente cria a flor como quer, desenhada, com papel colorido e recortes, pintadas) e nomeá-las com “uma alegria” montar um jardim na cartolina/fola peso 60 colando as flores e enfeitando-o (ao gosto da criança).
Passo 4:
Concluído o “jardim”, orientamos a pendurá-lo em um lugar especial e cada vez que a pessoa se sente triste, abatida com algo que lhe tenha acontecido, esta deverá “visitar seu jardim “, para recordar-se das pequenas coisas que realmente importam para ser feliz.
Flávia Inês Moroni Bartelli
Psicopedagoga