O objetivo desse jogo é ajudar as
crianças a concentrarem-se e a tranquilizarem-se. É uma estratégia afetiva para
estreitar as relações fazendo com que se reflita sobre os pensamentos e anseios
quando se está sob forte emoção, muito nervoso ou agitado favorecendo o
autocontrole promovendo a competência de meditação.
Público alvo: crianças a partir de 5 anos e adolescentes.
Material necessário: pote ou garrafa transparente com tampa,
purpurina, água, pigmento colorido do gênero alimentício (atóxico) e ficha “*minhas
alegrias.”
Preparando a garrafa mágica.
Esse material deve ser
confeccionado com o paciente (criança, adolescente, ou turma) onde se vai
explicando que está-se confeccionando uma garrafa que se chamará: “garrafa
mágica dos pensamentos” e que ela vai ajudar a entender o que acontece no nosso
eu interior quando estamos muito nervosos, angustiados, com medo, ...
Preparação:
Com o material preparado, procura-se um local tranquilo para
a aplicação (pode ser no cantinho da contação de histórias ou local de descanso
_ tapete).
Trabalhando com a
criança;
Após a construção da garrafa mágica do pensamento e estar
num local tranquilo, explicamos à criança o que acontece com nosso eu interior
quando estamos muito nervosos e para isso segue-se os seguintes passos:
1-
Agitamos a garrafa e apoiamos ela num local
firme. Então induzimos a criança a observar que nesse momento a purpurina está
se movendo muito rápido e isso é o que acontece com nossos pensamentos,
sentimentos e emoções quando estamos nervosos, alterados, assustados, com
medo. Como a garrafa está numa posição
de descanso, percebemos que a purpurina, aos poucos, irá se mover mais
lentamente, até suas partículas estarem em repouso.
2-
Devemos, então, leva-los à reflexão de que o
mesmo acontece conosco. Num momento de muita raiva, agitação, ou conflito,
nossos pensamentos e atitudes se assemelham à purpurina quando agitada e por
isso sentimos vontade de gritar, correr, agredir.
3-
Como agir nessas situações? Devemos nos colocar
no lugar da garrafa quando deixa-se de agitá-la. Assim os pensamentos vão se
acomodando e a criança deixa de agir impulsivamente.
Essa técnica, que auxilia a criança a refletir sobre seu
comportamento impulsivo, permite com que ela aprenda o auto controle.
Esse “jogo” passa a ser mais uma ferramenta que poderá ser
utilizada para favorecer as relações interpessoais e também a concentração uma
vez que permite a reflexão de seu estado emocional quando comparado à agitação
ou o relaxamento das purpurinas dentro da água.
Flávia Bartelli
Psicopedagoga
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