sábado, 17 de setembro de 2016

A inteligência emocional como a base do bem estar das pessoas no processo educacional (atividades para pais e professores)

A inteligência emocional como a base do bem estar das pessoas no processo educacional
Parte um. 
A Educação Emocional é a chave mestra para o bem estar das pessoas. Educar com inteligência emocional desde a educação infantil e por que não desde a escolarização em qualquer fase aportará importantes vantagens tanto para que é educado como para quem educa.
As habilidades emocionais podem ser apontadas como: a compreensão e a expressão emocional própria e dos demais, habilidades sociais, a empatia, a assertividade, à autoestima, autoconceito e a autonomia. Por meio dessas habilidades poder-se-á desenvolver com eficácia as diferentes etapas da vida.
Para melhor compreender-se  essa maneira não tão nova de aprendizagem seguem algumas fichas didáticas para que pais possam  iniciar o trabalho de educação emocional com crianças entre 4 a 8 anos. Essas atividades, a partir das fichas, poderão ser trabalhadas tanto em casa como em aula as bases da inteligência emocional que são:
Ø  Conhecimento das emoções mais básicas: alegria, tristeza, surpresa e raiva.
Ø  Reconhecer a expressão dessas emoções.
Ø  Identificar as situações que nos conduzem a sentir determinada emoção e as condutas  que precisamos eleger para que essa seja superada.
Propor o autoconhecimento.
Ø  Identificar quais são nossas qualidades (autoestima)
Ø  Promover a empatia a partir da experiência de se por no lugar do outro.






ficha um

ficha 2

ficha 3

ficha 4 




ficha 5


A escola regular e a criança com Síndrome de Asperger. (Parte²)

A escola regular e a criança com Síndrome de Asperger.
Parte dois

Asperger: dificuldade de compreender a linguagem figurada.
Quanto à escolarização da criança com Síndrome de Asperger vamos retomar primeiramente das principais características de quem sofre com esse transtorno.
Por ser um Transtorno Global do desenvolvimento (TGD) resultante de uma desordem genética precisam-se compreender as principais dificuldades que a criança apresenta tanto social como intelectualmente.
Para quem sofre de Asperger a vida é extremamente lógica. Para o Asperger existe apenas o sim e o não, o preto e o branco, o claro e o escuro. Assim, os Aspergers apresentam dificuldade, principalmente, nos seguintes aspectos:
1.      Compreender as mensagens transmitidas por meio da linguagem corporal.
2.      Identificar o uso de coloquialismos, ironia, gírias, sarcasmo e metáforas.
3.      Fazer coisas novas, ou passar por outras experiências.
4.      Fazer amigos, conseguir parceiros para uma relação, podendo passar anos sem se relacionar com ninguém.
5.      Lidar com conflitos são incapazes de entender outros pontos de vista que não seja o dele.
6.      Consolar os outros ou fazê-los se sentirem melhor.
7.      Reconhecer sinais de cansaço, não percebe quando o interlocutor está entediado,  ou desinteressado.
8.      Entender seus próprios sentimentos  ou o impacto nos sentimentos alheios.
9.      Se importar com a opinião alheia.
10.  Lidar com críticas ou processar informações de relacionamento.
Asperger - dificuldade de socialização
Frente a essas dificuldades, ser paciente e esperar que a “maré baixe”, ou que o “fogo se apague” a criança com Asperger poderá avançar novamente e se esse avanço for muito lento, pais e escola podem definir os ciclos de aproveitamento incluindo um exame minucioso de quais fatores intervenientes se sobressaem em cada ciclo.
Quando a escola se aperfeiçoa previamente os fatores intervenientes à aprendizagem ficam claros e na grande maioria único, já que cada criança com Asperger é uma criança e por isso reage distintamente  a cada atividade e as estratégias poderão ser diferentes.
O aprender a relacionar-se e compreender os sentimentos dos outros pode levar muitos meses. Isso não deve ser um fator indicativo da evolução da criança nas primeiras semanas. A criança, por certo, necessitará de determinado tempo para adequar-se ao novo contexto das rotinas escolares.
Outro fator importante  e necessária relevância é o tempo para que a criança se adéque ao novo contexto escolar (quando houver troca ou no retorno das férias) e sua rotina.
A troca de professor pode provocar ansiedade e por isso a cada ano a escola estipulará estratégias para evitá-las o que não remete a troca do professor, mas sim preparar a criança com Asperger a para essa troca.
Entretanto, classe numerosa ou ruidosa deverá ser evitada. A criança com Asperger responde melhor quando a classe é tranquila, organizada por uma rotina e com um ambiente estimulante.
Outro aspecto, agora para os pais, é que algumas crianças respondem melhor a um professor que a outros. Se numa escola regular isso não deve ser posto como empecilho. O que cabe e a preparação de toda a escola para a inclusão dessas crianças. Feito isso, o tempo determinará o progresso e a redução da ansiedade.
O importante é o professor prestar apoio e oportunizar que as crianças da turma façam seu papel inclusivo.
Quando a criança perceber a empatia entre professor/aluno essa se estenderá aos demais companheiros. Entretanto se houver atitude excludente por parte do professor a turma reagirá dessa forma. Por isso é que o professor deverá receber formação prévia para lidar com as diferentes situações.
Tem-se observado que algumas crianças com Asperger têm desenvolvido uma atitude maternal e protetora com relação a algum colega. Cabe, ao professor principal ou de apoio supervisionar e guiar essas atitudes para que não se torne superprotetora.
Assim, tanto a escola, quanto o professor no caso da inclusão em escola regular deverão fazer algumas concessões especiais às crianças com Asperger.
A primeira é em relação à palestra, apresentações não planejadas previamente. Não se aconselha a participação da criança com Asperger.
A segunda é permitir que a criança com Asperger faça os exames avaliativos em outro momento, ou quando seu estado emocional ou de tensão já tenham passado.
 Desta forma, quando os pais encontraram uma escola que proporciona os recursos necessários é importante permanecer nela até o final de sua escolarização. A troca constante implica não só na troca de colegas, mas na retomada da história escolar da criança, a busca de estratégias que funcionam ou não em relação à sua escolarização. Nesse último ressalto a importância do professor monitor que poderá acompanhar a criança ao longo de sua vida escolar.
Quando a inclusão não for de tempo integral, tanto a escola como o centro de apoio às crianças com necessidades educacionais, deverão se reunir frequentemente para avaliar a evolução da aprendizagem, da socialização.
Outro tópico que não se pode deixar de esclarecer é quando o aluno passa a frequentar as classes do ensino fundamental nível dois _ do sexto ao nono ano ou o ensino médio. Na escola de educação fundamental um, ou seja, do primeiro ao quinto ano (anos iniciais) tanto o professor quanto os alunos compartilham espaços durante um ano letivo o que facilita a socialização e a acomodação rotineira das crianças principalmente as que têm Asperger,
Na educação fundamental nível dois e no ensino médio os professores dedicam menos tempo aos alunos e o plano de estudo é mais rígido, exigente e normalmente os adolescentes são menos tolerantes com os que não apresentem comportamento comum aos grupos. Sem contar que, nessa idade o diagnóstico é muito menos identificado,  e o adolescente passa a ser classificado simplesmente como desafiador, intencionalmente desobediente, “teimoso” ou emocionalmente perturbado.
Para evitar o confronto entre os professores e colegas, recomenda-se ainda o acompanhamento de um tutor escolar o qual intermediará no que tange as novas regras, a troca de professores e a dinâmica da aula.
Durante esse processo os professores passam a compreender a dinâmica de aprendizagem de quem tem Asperger, suas peculiaridades, suas ansiedades e o comportamento em classe.
Cabe salientar de, na adolescência o Asperger pode desenvolver transtornos relacionados à ansiedade, ataques de pânico e o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), e em casos muito raros depressão com tendências suicidas  ou episódios de ira intensa acompanhada por episódios de agressão. Nesses casos o acompanhamento psicológico e psiquiátrico é indispensável.
Para finalizar, acredito que a correta escolarização de quem sofre com Asperger deve se embasar numa constante avaliação das capacidades da criança em se relacionar com o outro, na constante capacitação dos professores e de um projeto pedagógico capaz de dar conta dessa demanda dispondo recursos adequados e humanos.
Mediado por essa combinação _família, projeto pedagógico e escola_ estaremos vislumbrando a oportunidade de melhorar significativamente as capacidades da criança com Síndrome de Asperger.

Flávia Inês Moroni Bartelli
Professora/psicopedagoga.
                               Estudar é o melhor caminho!


 

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Propriedades na multiplicação- 5º ano



Propriedades na multiplicação- 5º ano
3)    APLIQUE AS PROPRIEDADES COMUTATIVAS, DE ACORDO COM O MODELO:
                                2 X 3 = 6                  3 X 2 = 6
A)   6 X 5 =
B)   8 X 4 =
C)   3 X 2 X 9 =
D)   15 X 12 =
4)   FAÇA A ASSOCIAÇÃO DOS FATORES DE ACORDO COM A PROPRIEDADE ASSOCIATIVA, COMO NO MODELO:
5 X 2 X 6 = 60       (5 X 2) X 6 = 60          5 X (2 X 6) = 60
A)   4 X 3 X 1 =
B)   7 X 8 X 4 =
C)   9 X 5 X 1 =
D)   6 X 7 X 2 =
5)    RESOLVA AS MULTIPLICAÇÕES ABAIXO E DEPOIS VERIFIQUE OS RESULTADOS
A)   375 X 42 =                                   (    )115.700
B)   826 X 334 =                                  (    )244.530
C)   962 X 86 =                                   (    )15.750
D)   650 X 178 =                                  (    )231.660
E)   540 X 429 =                                  (    )275.884
F)   741 X 245 =                                  (    )231.610
G)   938 X 342 =                                  (    ) 82.732
H)   874 X 265 =                                  (    )181.545


A escola regular e a criança com Síndrome de Asperger. (Parte ¹)

A escola regular e a criança com Síndrome de Asperger.
Parte um.
ASPERGER           

As crianças com Síndrome de Asperger não têm o mesmo perfil de comportamento e aprendizagem que as crianças com Autismo e as unidades específicas das escolas para crianças com Autismo não são adequadas para quem sofre da Síndrome de Asperger. Quem sofre com essa síndrome não têm uma enfermidade mental explícita e, portanto o atendimento pedagógico e psicopedagógico será totalmente voltado para a necessidade expressa em cada caso.
Ainda que a criança com Asperger possa apresentar dificuldades específicas de aprendizagem ela não será aspirante em receber atenção específica e isolada. Cabe a administração da educação pública, dispor de todos os recursos, serviços e políticas adequadas para a inserção dessas crianças nas escolas regulares de ensino.
Enfatizo que em primeiro lugar, tanto a família como a equipe docente necessitam adquirir experiência e conhecimento nesta área bem como dispor de acesso aos diferentes recursos e programas específicos.


Não se pode determinar que uma investigação sobre as etapas da aprendizagem e a variedade de recursos disponíveis para as pessoas com Autismo nos revela que a Educação dessas crianças requer uma experiência prévia. E exatamente o mesmo acontece com as crianças com Asperger. Os profissionais dessa área advertem sobre a necessidade de desenvolver conhecimentos específicos neste campo.
Desta forma, aos responsáveis pela educação cabe permitir que a equipe docente tenha total acesso a estes profissionais para receberem conselhos e pautas de trabalho. O profissional especializado por meio de visitas  as aulas para observar à criança e com base nessa observação propor pautas, estratégias e até recursos bem como propor formação específica. Essa formação, quando a distância é empecilho,  o profissional poderá utilizar-se, como apoio ias novas tecnologias de comunicação, como vídeos conferências.
Os pais também poderão ser fonte de apoio provendo o professor de informações necessárias através do uso das diferentes formas de comunicação midiáticas (e-mail, Messenger, Wpp) específicas. Ainda que os pais não sejam especialistas acerca da Síndrome de Asperger, são especialistas em seus filhos e em serem pais de crianças com Asperger, Em suas histórias de acompanhamento no desenvolvimento da criança os pais são “experts” na questão da personalidade e do caráter bem como no êxito ou fracassos dessas estratégias.
Lembrando sempre que quando uma escola adquire a experiência necessária, ela aumenta o êxito e a reputação de si mesma podendo se tornar referência nessa inserção e aumentar o número de crianças com dificuldades similares onde pais e profissionais têm-na como guia informal de “escola boa”.
Cabe ressaltar que muitos dos programas de intervenção pedagógica em crianças com Síndrome de Asperger necessitam trabalho individual, em pequenos grupos e com monitoria. Ao pais cabe requerer os serviços de um professor de apoio onde seu papel é fundamental e complexo. Nesse caso suas principais atribuições seriam:
Proporcionar a socialização.
·      Auxiliar a criança a ser mais sociável, cooperativo e flexível tanto quando trabalha como quando em atividades lúdicas.
·      Auxiliar a criança no reconhecimento e aprendizagem das regras/normas sociais de conduta escolar.
·      Dar atenção personalizada ao manejo e compreensão das emoções. Atenção afetiva.
·      Trabalho e apoio no desenvolvimento das habilidades sociais e em quipe.
·      Apoiar a criança no desenvolvimento do interesse como meio de melhorar a motivação para o conhecimento.
·      Por em prática um programa destinado à motricidade fina e ampla.
·      Trabalhar e delinear estratégias na Linha da Teoria da Mente para melhor compreender os outros e o desenvolvimento da empatia social.
·      Fomentar as habilidades de conversação.
·      Oferecer  atividades de reforço escolar nas questões de aprendizagem em conjunto com a família.
·      Trabalhar com a sensibilidade afetiva e sensorial (Estimulação sensorial).
Desta forma o professor de apoio ou assistente estará promovendo um programa delineado por professores, pais, terapeutas e especialistas focados no comportamento emocional, cognitivo, lingüista bem como as habilidades motoras e sensoriais.
Quando as entidades públicas não atendem suas obrigações cobrindo este assistente de apoio, as famílias podem apoiar com seus próprios recursos financeiros sem esquecer, no entanto, de que ao profissional de apoio caberá  receber formação sobre Asperger.
O mais aconselhável é que a criança com Asperger estude na classe regular de ensino e não numa instituição ou centro educacional específico. Partilho com muitos profissionais a ideia de que a inclusão educacional (quando possível*) na escola regular proporciona que a criança faça parte de um grupo de colegas companheiros com comportamento social distinto para que a criança sinta-se motivada intelectual e socialmente.
Diante da falta de comprometimento das entidades públicas,  da falta de formação especializada específica, com um sistema de saúde que prima pela cura e não pela prevenção e apoio familiar, qual o conceito de uma “escola boa”?
O relato de inúmeros colegas professores e por experiência própria, apesar de haver escolas que atendam a inclusão de forma natural e eficiente algumas características são imprescindíveis, entre elas o acesso a recursos pedagógicos e psicopedagógicos, à formação contínua do professor titular e de apoio, o acesso a recursos entre os muitos dispostos e à tecnologia e de planos pedagógicos que contemplem a educação especial como algo natural e necessário.
Quando contemplamos a Síndrome de Asperger apontamos uma educação flexibilizada, com planos de estudos específicos que contemplem a aprendizagem cognitiva e social para poder acomodar às crianças de forma adequada percebendo os aspectos positivos.
Isolamento social.
Deve ser uma inclusão que contemple a visão de mundo a partir da perspectiva da criança. Que seja uma educação alegre, mas eficiente uma vez que a criança com Asperger se mostre em algum momento muito feliz e em outra muito introspectiva e contrariada. Num dia pode estar muito concentrada, sociável e aprendendo no ritmo das outras crianças. Noutro pode estar absorta em si mesmo, aparentando falta de confiança e sem habilidade motora e social. Nestes dias o conveniente é que o professor de apoio se concentre em revisar as atividades já aprendidas.

Ser paciente nesse caso não significa ser relapso, significa esperar que “o vento se torne uma brisa”, que o “mar se acalme” que “a maré baixe”. Significa esperar que a criança avance na aprendizagem novamente. 

Flávia Inês Moroni Bartelli
Professora/Psicopedagoga

Estudar é o melhor caminho!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

A Lebre e a Tartaruga - Produção de texto 3º e 4º anos


ATIVIDADE DE PRODUÇÃO DE TEXTO

Leia a fábula e resolva as atividades com capricho e atenção.
A Lebre e a Tartaruga
Certo dia, a lebre desafiou a tartaruga para uma corrida, argumentando que era mais rápida e que a tartaruga nunca a venceria. A tartaruga começou a treinar enquanto era observada pela lebre, que se ria dos esforços da tartaruga.
Para colorir...
Chegou o dia da corrida. A lebre e a tartaruga posicionaram-se e, após o sinal, partiram. A tartaruga estava correndo o mais rapidamente que conseguia, mas foi ultrapassada pela lebre que, visto já estar a uma longa distância da sua concorrente, se deitou a dormir.
Enquanto a lebre dormia, não se dava conta que a tartaruga ia se aproximando mais rapidamente da linha de chegada. Quando acordou, a lebre, horrorizada, viu que a tartaruga estava muito perto da linha de chegada. Assim, a lebre começou a correr o mais depressa que pode, tentando a todo o custo ultrapassar a tartaruga. Não conseguiu. Após a vitória da tartaruga, todos foram festejar com ela, e ninguém falou com a lebre.
Moral da história: Devagar se vai longe.
1- O narrador do texto é alguém que conta a história de outra pessoa ou é narrador personagem?
1,a) ________________________________________________________________
Como você descobriu isso?
_____________________________________________________________________
2- O que você entendeu dessa história?
_____________________________________________________________________
2.a) Qual foi a surpresa no final da história?
_____________________________________________________________________
3- Leia e responda:  “Quem ri por último ri melhor”
a) O que você entende por essa frase? 
_____________________________________________________________________
b) Ela tem alguma relação com o texto?
_____________________________________________________________________
5- Agora é sua vez! Imagine que você foi convidado a participar de um campeonato, escreva como será essa aventura. Lembre-se do título, dos parágrafos, pontuação, e da coer letra legível.

 (título)
 Eu e meu melhor amigo fomos convidados para um campeonato de...


 Por volta do meio dia, resolvemos lanchar. 


 No final da tarde,...

Ilustre o seu texto.

Flavia Inês Moroni Bartelli
Professora/Psicopedagoga
Estudar é o melhor caminho!

A CONVERSA DAS MOCHILAS - (Marlene B. Cerviglieri) texto e ortografia

A CONVERSA DAS MOCHILAS 

Pinte a mochila!
No  cantinho do quarto ela estava encostada e parecia bem triste. Vamos ouvir seus pensamentos:
“Eu era uma mochila linda, toda enfeitada, sempre com mil selinhos brilhando, brilhando... Agora estou aqui encostada, sabe lá o que vão fazer comigo! Ajudei tanto, andei nas costas de meu amiguinho, levei alguns chutes de outros malcriados da sala, mas eu era feliz.”
Assim estava pensando a pobre mochila ali no cantinho. Na outra parte da casa, no escritório dos pais de Pedrinho, a mãe já preparava o material escolar para o ano que se iniciaria em poucos dias.
__Pedrinho meu filho, você escolheu a mochila certa; ela é bem grande e dá para colocar no carrinho; você não precisará por nas costas!
__Sim mamãe, também gostei, mas tenho muito carinho pela minha velha mochila. Foram dois ou mais anos juntos e ela não pesava tanto assim. Dizendo isto voltou para seu quarto e pegou a mochila.
__Minha querida amiga, eu sei que você não fala,  que é um objeto, mas estou triste de ter que encostar você...  Sabe, preciso de mais espaço, tenho mais livros e cadernos a cada ano que passa. Ah, minha amiga,  o que farei com você, não quero que fique aqui sem fazer nada!
Sentou-se em sua cama e adormeceu. Estava sonhando que estava em uma escola pequena cheia de crianças e a maioria não tinha nem cadernos para escrever... Livros então, era coisa rara! Andou pelas salas de aula e os lápis eram emprestados dia a dia! Escreviam em folhas que as professoras davam! Chegou a hora do lanche e o que iriam comer? Assustado, acordou de repente. Foi então que a ideia veio.  “Já sei o que vou fazer”. Abriu todas as gavetas e foi retirando tudo que tinha em dobro e o que não precisaria também. No Natal havia ganhado lápis de cores, canetas, alguns livros de histórias, cadernos grandes e bonitos, enfim, muita coisa. Foi até o escritório e disse à mãe que gostaria de dar todo material extra que tinha para alguma escola que precisasse.
Escreva seu nome na mochila!
Pinte-a...
__Que ideia maravilhosa, disse a mãe, que era uma pessoa de muito bom coração também. Faça isso meu filho; você tem tanto e se precisar de mais poderemos comprar, já as escolas não podem estar oferecendo de tudo para as crianças.
Assim foi, voltou para seu quarto e pegou tudo: até aquele tênis que estava no gaveteiro guardado.  Chegou a hora da mochila. Pegou-a e levou até o escritório.
__Veja minha velha amiga, aqui está a que vai me ajudar daqui para frente. Encostou uma mochila na outra e foi atender a campainha da porta, onde houve então a conversa entre as mochilas.
__ Oi, você é muito bonita,  toda colorida e bem grande!
__ Você também ainda está muito bem. Sabe,  que bom que estamos juntas, preciso de uns conselhos teus.
__ Meus?
__É. Quero saber como vai ser minha vida de agora em diante e você já sabe, já passou por isso.
A velha mochila ficou toda contente e foi logo respondendo:
__Bem, você será a amiga número um de Pedrinho, fique sempre junto dele, é um menino cuidadoso e vai cuidar de você direitinho como cuidou de mim. Andei muito nas costas dele, mas você já ganhou um carrinho assim o peso não será tanto para ele.
__ Ah, muito obrigado pelas palavras gentis.
Eis que Pedrinho volta,  dirige-se para a velha mochila e diz:
__ Pronto minha velha mochila,  você vai ajudar outra pessoa agora, é uma menina muito boazinha que precisa muito de você. Entre Laurinha e veja,  aqui está  sua mochila agora.
Pinte a mochila bem colorida
A menina abraçou a mochilinha e saiu toda contente. E assim se alegraram três corações:  de Pedrinho, de Laurinha e da mochilinha também.
Você pensa que ela não ficou contente! Ficou sim, que tal seguir o exemplo e ajudar os que estão precisando das coisinhas que você tem até demais!
Você não sabe, mas na fila das mochilas há muita conversa...
                                                                  Marlene B. Cerviglieri


ATIVIDADES RELACIONADAS AO TEXTO:
RESPONDA: (use o seu caderno para as respostas)
a)                Qual é o título do texto e quem o escreveu?
b)               Qual é o assunto principal do texto?
c)                Como era a escola com a qual Pedrinho sonhou?
Retire do texto:
a)      três palavras que iniciem por vogal:           
b)      três palavras que iniciem por consoantes diferentes uma das outras:
c)       duas palavras que tenham NH:
d)      três palavras que tenham acento agudo ( ´ )
e)      duas palavras que tenham CH:
f)       uma palavra com acento circunflexo (^)
g)      dois nomes próprios:



OBSERVE a lista de material no quadro abaixo e escreva uma frase com cada item : 


Flavia Inês Moroni Bartelli
Professora/Psicopedagoga
Estudar é o melhor caminho!