sábado, 18 de junho de 2016

O exercício como ferramenta para a superação nas dificuldades das crianças. (reflexão)

O exercício como ferramenta para a superação nas dificuldades das crianças.
O exercício é uma atividade que atualmente vem sendo esquecida na educação. Muitas vezes nos preocupamos em não pressionar demasiadamente acriança com medo de reforçar a incapacidade, no entanto nos esquecemos de educá-los para que aprendam a superar-se mediante os exercícios.
Frequentemente se confunde o não pressionar com evitar proporcionar atividades que reforcem a aprendizagem ou propor atividades tão fáceis que não enriquecem a aprendizagem meramente por não querer que se sintam frustrados por não conseguirem realizar eventuais atividades.
Entretanto a capacidade de exercitar é fundamental no dia a dia e ela será uma ferramenta muito útil no futuro.
Quando evitamos pressionar às crianças e nos propusemos a dar-lhes apenas tarefas fáceis de realizar pelo simples fato de não querermos que se sintam frustradas estamos subestimando a capacidade de superação na criança.
É certo que a pressão em demasia é prejudicial e que não devemos pressioná-los, entretanto o exercitar não é incompatível com educar para a superação.
O segredo está em aprender a motivar as crianças, em permitir que façam coisas por si próprias, de que podem enfrentar desafios e que podem perseguir suas metas.
O trabalho da psicopedagogia está na motivação constante e apoiar a criança em sua trajetória. Não devemos pressioná-las ou submetê-las a uma competição excessiva, mas tampouco devemos fazer as coisas por eles ou favorecer a sua caminhada ante as dificuldades.
Educar para que se esforcem, dentro de suas possibilidades e capacidades, dentro de seus limites, supõe ensiná-los a combater os fracassos.
·         Quais são as conseqüência de não educar para a superação?
Quando não ensinamos às crianças para que se esforcem, para que não superem suas limitações e, quando não desenvolvemos suas capacidades de desenvolver-se cada vez mais, podemos nos deparar com consequências altamente negativas.
Cada vez que negligenciamos as capacidades de superação, a criança tende a abandonar suas metas. Fato é que cada vez que se encontra em uma situação de dificuldade (nos estudos, no trabalho, na vida pessoal) em lugar de buscar alternativas de solução, há o abandono da meta.
É frequente que experimentem temor e uma grande frustração ante os fracassos. É comum que não acreditem em suas capacidades. Que não sabem o que é tentar de esforçar-se. Na maioria das vezes não conseguem distinguir o que é tentativa de esforço. Não sabem o que é esforçar-se. E, não raro, quando percebem que os demais estão atingindo as metas, não atribuem ao esforço pessoal, mas sim a capacidade de alguns e a incapacidade de outros. Como conseqüência disso pode desenvolver uma baixa estima somada a falta de confiança em si mesmo e a insegurança frente ao novo.
Algumas pautas para a educação através do esforço próprio:
•           Deixar que realizem as atividades por si próprios.

•           Quando apresentam dificuldade, no lugar de fazê-las por eles, ou deixar que abandonem a tarefa, agir como suporte, como intermediário, escutando sobre a dificuldade e explicar como podem realizar a tarefa, sem a intervenção.
•           Quando atingirem a meta, ou parte dela, verbalizar os elogios reforçando positivamente seu empenho, sua dedicação.
•           Nunca pressionar por pressionar. É importante estabelecer metas viáveis, exequíveis para eles e estabelecer o tempo viável para atingi-los.
Não importa ser o primeiro;
 importa não desistir.
•           Mesmo quando há esforço e não consegue realizar a tarefa, o objetivo, ou compreender alguns significados conceituais, no lugar de pressioná-los é importante explicar-lhes que para algumas pessoas o tempo de aprendizagem não é o mesmo. Uns precisam de mais tempo ou de mais esforço que o outro, mas que tudo que realizou tem seu aspecto positivo.
•           O exemplo é a melhor forma de aprendizagem. Cada dia um obstáculo a superar. E não esquecer que a criança aprende muito mais com o que vê do que com o que lhes dizemos. As ações (exemplos) falam mais alto.

Flávia Inês Moroni Bartelli
Professora/psicopedagoga.
Estudar é o melhor caminho!

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