O exercício como
ferramenta para a superação nas dificuldades das crianças.
O exercício é uma atividade que atualmente vem sendo esquecida na
educação. Muitas vezes nos preocupamos em não pressionar demasiadamente
acriança com medo de reforçar a incapacidade, no entanto nos esquecemos de
educá-los para que aprendam a superar-se mediante os exercícios.
Frequentemente se confunde o não pressionar com evitar proporcionar
atividades que reforcem a aprendizagem ou propor atividades tão fáceis que não
enriquecem a aprendizagem meramente por não querer que se sintam frustrados por
não conseguirem realizar eventuais atividades.
Entretanto a capacidade de exercitar é fundamental no dia a dia e ela
será uma ferramenta muito útil no futuro.
Quando evitamos pressionar às crianças e nos propusemos a dar-lhes
apenas tarefas fáceis de realizar pelo simples fato de não querermos que se
sintam frustradas estamos subestimando a capacidade de superação na criança.
É certo que a pressão em demasia é prejudicial e que não devemos
pressioná-los, entretanto o exercitar não é incompatível com educar para a
superação.
O segredo está em aprender a motivar as crianças, em permitir que façam
coisas por si próprias, de que podem enfrentar desafios e que podem perseguir
suas metas.
O trabalho da psicopedagogia está na motivação constante e apoiar a
criança em sua trajetória. Não devemos pressioná-las ou submetê-las a uma
competição excessiva, mas tampouco devemos fazer as coisas por eles ou
favorecer a sua caminhada ante as dificuldades.
Educar para que se esforcem, dentro de suas possibilidades e capacidades,
dentro de seus limites, supõe ensiná-los a combater os fracassos.
·
Quais são as conseqüência de não educar para a superação?
Quando não ensinamos às crianças para que se esforcem, para que não
superem suas limitações e, quando não desenvolvemos suas capacidades de
desenvolver-se cada vez mais, podemos nos deparar com consequências altamente
negativas.
Cada vez que negligenciamos as capacidades de superação, a criança tende
a abandonar suas metas. Fato é que cada vez que se encontra em uma situação de
dificuldade (nos estudos, no trabalho, na vida pessoal) em lugar de buscar
alternativas de solução, há o abandono da meta.
É frequente que experimentem temor e uma grande frustração ante os
fracassos. É comum que não acreditem em suas capacidades. Que não sabem o que é
tentar de esforçar-se. Na maioria das vezes não conseguem distinguir o que é
tentativa de esforço. Não sabem o que é esforçar-se. E, não raro, quando
percebem que os demais estão atingindo as metas, não atribuem ao esforço
pessoal, mas sim a capacidade de alguns e a incapacidade de outros. Como
conseqüência disso pode desenvolver uma baixa estima somada a falta de
confiança em si mesmo e a insegurança frente ao novo.
Algumas pautas para a educação através do esforço próprio:
• Deixar que realizem as
atividades por si próprios.
• Quando apresentam
dificuldade, no lugar de fazê-las por eles, ou deixar que abandonem a tarefa,
agir como suporte, como intermediário, escutando sobre a dificuldade e explicar
como podem realizar a tarefa, sem a intervenção.
• Quando atingirem a
meta, ou parte dela, verbalizar os elogios reforçando positivamente seu
empenho, sua dedicação.
• Nunca pressionar por
pressionar. É importante estabelecer metas viáveis, exequíveis para eles e
estabelecer o tempo viável para atingi-los.
Não importa ser o primeiro; importa não desistir. |
• O exemplo é a melhor
forma de aprendizagem. Cada dia um obstáculo a superar. E não esquecer que a
criança aprende muito mais com o que vê do que com o que lhes dizemos. As ações
(exemplos) falam mais alto.
Flávia Inês Moroni Bartelli
Professora/psicopedagoga.
Estudar é o melhor caminho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário