quinta-feira, 5 de maio de 2016

Administrando as frustrações - sugestões de estratégias para pais e professores.




Ensinar a administrar as frustrações

Ainda que pareça simples e provavelmente o que mais nos frustre seja o fato de não sermos dono das emoções dos outros e, por conseguinte não conseguimos evitar as frustrações das crianças inerentes em nosso dia a dia.
Se evitarmos constantemente situações conflitantes, frustrantes, ou até mesmo desagradáveis do dia a dia poderemos estar desenvolvendo na criança um comportamento que a ela nada contribuirá para seu futuro.
A superproteção deixa a criança sem as ferramentas necessárias e sem os recursos próprios para enfrentar o fracasso, já que essa atitude permite que a criança consiga sempre o que quer e elas não vivenciam experiências negativas e tampouco aprendem a enfrentá-las.
Instruir a gerenciar a frustração é uma tarefa complicada, tanto em casa como em classe, entretanto necessária.
O objetivo final é educar tanto aos filhos como aos alunos a serem felizes e para isso é necessário saber enfrentar os erros, os conflitos e aprender com eles.
Como então poderíamos delinear uma sequência de estratégias para tal caminho?
1.      Renomear os fracassos. Se não falarmos nos fracassos, mas falarmos em estabelecer novos objetivos, todas as expectativas que não se concretizam como o esperado torna-se uma nova oportunidade de aprendizagem. O importante é dar-se conta de onde e por que houve o “equívoco” para que não ocorra novamente e se torne uma prática nova.
2.      A competição não é o caminho do sucesso no século XXI. O importante é potencializar as atividades cooperativas quer em casa, quer na escola. O ganhar não poderá ser a principal motivação. Os valores que devemos cultivar são muito maiores e desta forma se tornarão mais construtivos e positivos, tanto para as crianças como para a sociedade que irão construir. Entretanto é importante que se incluam nas atividades diárias jogos competitivos para que aprendam a ganhar e a perder e a partir disso aprendam a respeitar o outro.
3.      Deixar que cada um viva suas próprias frustrações. Procurar, dentro da medida do risco possível não interromper quando a criança está a ponto de equivocar-se uma vez que deve fazê-lo para que aprenda com os próprios erros, primeiramente. Partindo desse pressuposto estar-se-á fomentando sua iniciativa pessoal, sua autonomia ao tomar decisões evitando que tenham medo de fazer coisas por si próprias.
4.      Delimitar objetivos razoáveis no dia a dia, mas que exijam esforço e que sejam realizáveis. Por isso devem-se ter claros os objetivos e adaptá-los a idade adequada confiando assim que atinjam esse objetivo e que se não o atingirem possam estipular novas estratégias ou novos objetivos. O importante é não abandonar no primeiro obstáculo.
5.      E finalmente proporcionar um feedback  dialogando sobre como estão se sentindo a respeito de seus sucessos e de seus fracassos. Para isso é necessário que se estabeleça uma linha de confiança e apoio primeiramente.
*¹ Para que estas estratégias não se percam não podemos esquecer:
Ø  Emoções e sentimentos são sentimentos vividos individualmente. Deve-se ter a consciência de que cada um “sente” diferentemente do outro.
Ø  Desenho de emoções. Esse é um recurso – jogo-  que consistem em expressar-se através de quatro situações manifestadas através de desenhos (raiva – medo – alegria – tristeza).
Ø  A máscara do (...). Esse recurso _ jogo_ consiste em se ter uma máscara e vesti-la para expressarmos nossos sentimentos diante de uma determinada situação. Falar sobre nossos sentimentos e problemas faz com que eles pareçam menores ou mais fáceis de resolver.
*¹ Essas atividades poderão ser realizadas tanto por pais como por professores orientadores diante de um conflito.
Flavia Inês Moroni Bartelli

Psicopedagoga. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário