quinta-feira, 5 de maio de 2016

Educar para a frustração - um caminho para o sucesso.

 

Educar para a Tolerância à  Frustração


A frustração é um sentimento que engloba sensações de desilusão, tristeza, decepção, desespero e ainda o de desgosto e a raiva que aparecem diante da impossibilidade de alcançar um desejo ou uma necessidade.
É um tipo de resposta emocional que surge como resultado de um conflito psicológico fruto, de uma decepção que não tenha sido bem gerenciada.
A frustração é uma resposta emocional natural, que faz parte de nosso repertório diário de afazeres. Entretanto se não a gerenciamos de maneira adequada, se não conseguimos tolerar certos graus de frustrações pode-se sofrer consequências deveras negativas nas atividades  diária e consequentemente ao longo da vida.
Por tudo Isso se torna imprescindível que estejamos preparados para lidar com as frustrações; ser-se tolerante com nossas incapacidades e otimistas com o futuro.
Para tanto é importante que entendamos o porquê a frustração se faz presente em nossa vida. Por que ela “aparece”.
Como já foi expresso, a frustração é uma condição emocional a partir de uma desilusão, de uma decepção e ela se manifestará de diferentes maneiras dependendo da pessoa e de suas causas. Algumas pessoas se sentem frustradas diante de determinada situação que podem passar despercebidas por outras.
Assim pode-se afirmar que a frustração e sua forma de lidar com ela vêm determinadas por meio do desenvolvimento de cada pessoa. É afirmar que pelas experiências vividas na infância e na adolescência é que se determinará a forma de conduzi-las na adultez.
As diferentes situações de frustração fazem com que aprendamos para a vida toda; é uma espécie de treinamento que nos tornar mais vulneráveis ou mais fortes diante delas.
As experiências pelas quais passamos e por quais nos colocamos, independentemente do seu sucesso ou fracasso. Também pode determinar o nível de frustração pelo qual se sofre. Mas estas também estão diretamente ligadas às vivenciadas na infância e na adolescência __fase da formação de nossa identidade e caráter. 
Essas experiências são o ponto chave para conseguirmos lidar com frustrações naturais que acontecem no dia a dia e no decorrer dos anos.

Como podemos lidar com a frustração educando-nos para lidar com ela sem muito sofrimento?

Como ela aparece sob diferentes situações, a diferença para que uma ou outra experiência se torne alvo da frustração não está na situação em si, mas na maneira como a pessoa vai lidar com ela. A maneira como a pessoa interpreta e como ela se sente.



Enquanto educadora e mãe é fundamental educar os filhos e prepará-los para enfrentar frustrações, pois assim estaremos ensinando-os a lidar e tolerá-las.
Sabe-se que não se pode evitar situações que geram frustrações ou decepções;  é como mostrar que não se pode  alcançar o êxito se esse não vier no momento desejado, que o êxito não faz parte de uma luta diária, árdua e conflitante.  É como afirmar que não se aprende com os erros independentemente se são nossos ou alheios, pois também se aprende com o erro alheio.
Então o que se pode fazer é compreender e não deixar que a frustração tome conta de nosso ser e que por meio das frustrações diárias ou perpétuas sejamos capazes de avançar, de não esmorecer para a vida.

Como, então, trabalhar a frustração na criança e no adolescente?

Ø  Primeiramente jamais evitar desilusões ou as decepções. Não se trata, entretanto de criar situações que frustrem ou decepcionem, mas sim deixar que elas aconteçam naturalmente, pois assim aprendem a desenvolver estratégias de tolerância para essas emoções e de como administrá-las.
Ø  Estar sempre acompanhando a criança e em lugar de evitar a frustração ou a decepção, manter um canal aberto para que falem sobre esses momentos, deixar que expressem seus sentimentos e as sensações que a frustração lhes propõe.
Ø  Mostrar que a frustração é algo natural e frequente, e que tem que ser enfrentada.
Ø  Não se pode encontrar a solução para a frustração do outro; se agirmos por ele não se está favorecendo o desenvolvimento de estratégias de tolerância à frustração.

Ø  E acima de tudo ter muito cuidado com a superproteção, pois essa fragiliza; torna o ser vulnerável a mais simples  experiência não exitosa que lhe incidir. 


       Flávia Inês Moroni Bartelli
                  Psicopedagoga

Nenhum comentário:

Postar um comentário